Pesquisa sem frescura

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Inspirações Formais

Todos temos um repertório, consciente ou não, de formas que recorremos quando projetamos. Mesmo quando estamos resolvendo um problema completamente funcional, o resultado tem um determinado aspecto, que pode ser agradável, ou não, e ser recebido de maneira distinta por pessoas diferentes.
Não me proponho a discutir forma x função, pelo menos nesse post. Mas digo que estética é parte funcional de qualquer objeto.
 Ilustrei este humilde texto com algumas imagens universais e algumas pessoais de referencias que não estão no campo do design. São meros exemplos. Alguns deles, inclusive, já serviram de inspiração, como o avião acima (F-14 Tomcat) que inspirou o Honda NSX.
Fiz este post para fazer uma pergunta a vocês: Quais são suas referências formais? 
Respondam nos comentários, mesmo se você não costuma comentar blogs, ou passa aqui pela primeira vez.
Diga quais são suas referencias, no que você se inspira, ou se você acha tudo isso babaquice... o espaço está aberto.

6 comentários:

Arthur Francisco disse...

Bom, Vitor, eu acredito que minhas referências são a construção e a física. A construção é um processo determinante da forma - quem projeta está submetido a quem constrói, e este submetido às possibilidades materiais. A física é a natureza, e explica como o mundo funciona: nenhum corpo pode fugir às suas regras - o que não quer dizer que elas não podem ser (e são) constantemente revistas. Eu acho que é com esse olho que se pode aproveitar qualquer coisa que se veja para transformá-la em objeto industrial ou arquitetura.

Victor Dariano disse...

Acredito nesse processo construtivo como determinante da forma, porém acredito na função da forma não "apenas" estrutura, mas como agente que se comunica com um interlocutor.
Essa comunicação dada em vários níveis.

Além disso, quando se recorre a formas pré-concebidas para ajudar a resolver problemas de projeto e de estrutura, acho genial.
por ex. quando se usam formas aerodinamicas similares a de uma aeronave, nao como estilo, mas para ajudar a diminuir o arrasto, ou formas naturais, que tem linhas de pressões bem resolvidas (como por exemplo o fêmur humano).

Outro exemplo é um minisubmarino que é quase um simulacro de golfinho... mas nao é apenas para ser simpatico e vender horrores, tal forma favorece a eficiencia hidrodinamica.

Enfim, ja provocamos a conversa, tomara que mais gente se manifeste hehehe

Arthur Francisco disse...

Sim. Mas eu disse construção e física.

Victor Dariano disse...

Acho que agora, relendo, entendi melhor o que você disse hehehe

Arthur Francisco disse...

Milhas! "Que milagre o senhor por aqui"!

Depois de ler esse último comentário, me ocorre outra coisa que posso ter "menosprezado" (melhor dizendo, negligenciado) em meu comentário: a semiótica. Lembrando que a arquitetura ou o objeto (ou o texto) é um signo, um veículo de comunicação e carrega um impacto sobre a própria forma de pensar a sociedade, é preciso ter muito apuro e cautela ao se projetar. Deixo aqui também minha sugestão de leitura: Semiótica da Arte e da Arquitetura, de Décio Pignatari (esse o Milhas conhece...).

Abrass.

Victor Dariano disse...

Caraca, muito bom o comentário! heheheh bem no espirito do blog.


Dois acréscimos:
O triceratops está ai por ser uma imagem bem popular e presente no inconsciente representando força, robustez e segurança... sei lá (pensei nele quando pensava meu tfg, e sempre foi o meu dinossauro favorito desde o álbum do chocolate surpresa...)

Curvas femininas sempre ajudaram a desenhar carrocerias de automóveis e outros produtos, desde os anos 60.

E Arthur, era exatamente a semiótica, o assunto que quis instigar com este post hehehe