Pesquisa sem frescura

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

na passagem em sombras, os homens marchavam; seus uniformes e equipamentos sujos da tarefaria; capacetes para um perigo insistente que encharca o campo. negligenciando um "volte aqui", um admira o titã; tão fácil com seu martelo põe abaixo a barreira; qual tempo perderia a um homem? os sons transbordam, escapando por cada fresta, cada volta, cada esquina; pancadas secas, multiplicadas em ecos metálicos, repetidas ao interminável por si e por suas miragens. um momento de angústia, gritos: "médico!"; um ferido é resgatado enquanto os outros deslizam entre a hesitação e o alívio. outro assume a arma: mirando bem, duas mãos no equipamento pesado, que agride incansavelmente, aos sons dignos de uma metralhadora.

eu, que não entendia porque tantos homens se sacrificavam ali, por objetivo tão duvidoso, refugiei-me do canteiro de obras.

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