Pesquisa sem frescura

sexta-feira, 16 de novembro de 2007

Neo"x"

No meu primeiro post eu disse que iria falar sobre revivals. É incrível a capacidade do ser humano de olhar para o seu passado. Não não vejo nada de errado em buscar "estilos" passados nos objetos, ou mesmo na arquitetura.
Na faculdade aprendemos a fazer a arquitetura do "nosso tempo" mas qual é essa arquitetura? será que o aspecto "neoclássico" que todo predio de apartamento de classe media alta pra cima tem que ter nao reflete algo do nosso tempo?

Como o blog é MEU, vou falar das coisas que me irritam, não ligo para os comentarios...
enfim, a primeira coisa que me irrita que vou comentar aqui é: design que vende ser inovador, mas é mais velho que "mil novecentos e união soviética"(ouvi essa hoje e não resisti a usar)
A impressão que eu tenho vendo vitrines de lojas de móveis é que em todas elas tem moveis consagrados de arquitetos modernistas, que até se encaixam muito bem no mobiliario dito contemporaneo e enganam a todos.
O exemplo a baixo é a cadeira de Mies van der rohe, que embora nao pareca é de 1929, quando ainda era um absurdo para os homens sairem de casa sem seus chapeus e mulheres nao votavam, o modelo T da ford (que irei abordar posteriormente)havia encerrado a sua fabricação a apenas 2 anos.



Essa cadeira se encaixa perfeitamente num ambiente contemporaneo...dai pode ser notada a grandeza das vanguardas modernistas na arquitetura, e design.
Pooooorém, é incrivel como se vende esse tipo de design hoje em dia como sendo contemporâneo...não possuimos vanguardas atualmente, principalmente no Brasil, ficamos dando murros em ponta de faca...tuuudo é reaprovaitado, parece uma atitude, "ecológico-estilística" de reciclar aparencias...

As pessoas mais ricas desse pais, que poderiam incitar uma mentalidade mais vanguardista, dirigem carros que parecem os de 70 anos atras:


moram em casas que parecem de 200 anos atras:


com moveis que parecem de 80 anos atras:


O que se vende é estilo, e não design, aparencia e não essência

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