A Faca e o Queijo #002

Resista.

*

You don't have to walk their way
You don't have to watch the show
You don't have to play their game
(...)
You don't have to cry for more
You don't have to have it all
You don't have to win a war
(...)
And you don't have to die to leave entropia¹

*

Talvez o consumo seja uma "estratégia" individual para unir em nós aquela unidade que perdemos como humanidade. Agregamos a produção humana em nós.

"Desde que começou a se alimentar, até a invenção dos  engenhos atômicos e termonucleares, passando pela descoberta do fogo (...) a única coisa que o homem fez foi dissociar tranquilamente bilhões de estruturas para reduzi-las a um estado em que não são mais capazes de reintegração. (...) Tanto assim que a civilização, tomada em conjunto, pode ser descrita como um mecanismo fantasticamente complexo no qual ficaríamos tentados a enxergar a oportunidade que nosso universo tem de sobreviver, se sua função não fosse fabricar aquilo que os físicos chamam de entropia, quer dizer, inércia. (...) Mais do que antropologia, teria que escrever "entropologia", nome de uma disciplina dedicada a estudar em suas mais elevadas manifestações esse processo de desintegração."²

Usando a linguagem do adversário:
Seja forte. Seja humano, artificial e consciente. Resista. Deixe a entropia.

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1. Daniel GILDENLOW, Entropia (Pain of Salvation), 1997

2. Claude LÉVI-STRAUSS, Tristes Trópicos, 1955 (grifos meus)